124. Uma pausa para a revolução

Há bastante tempo eu vejo tudo fora de lugar. As prioridades dos governantes, as regras do mercado de trabalho, o consumismo, o ensino, a medicina, a obsolescência programada, o desperdício, a publicidade, o artificialismo, o sistema agroalimentar e a opção preferencial pelos automóveis, só para citar alguns dos absurdos cotidianos.

Acho que comecei a plantar por causa disso. Diante de problemas tão gigantescos, conseguir colher um pimentão sem agrotóxico no quintal e ajudar outras pessoas a produzir pelo menos uma pequena parte de sua própria comida me dá muito alento. Quero fazer parte das mudanças, mas prefiro a transição à ruptura. Sou a favor da metamorfose gradual, porém radical, dos rumos da nossa civilização.

Diante dos fatos das últimas semanas, percebo de forma cada vez mais evidente o colapso das estruturas atuais. E uma nova sociedade surgindo em meio ao caos.

Para dar passagem à polifonia do mundo e também à necessidade de reflexão e de ação da autora, esse blog silencia por enquanto. Será um curto período sabático (algumas semaninhas apenas), em que já estou me dedicando a germinar diversos novos projetos.

Nos 123 posts anteriores, que ficam à disposição, procurei registrar os sinais de transformação que já se anunciavam e alinhavar informações que podem ser úteis para quem pretende caminhar pela vida com simplicidade, em cooperação mútua e com respeito por todas as formas de vida.

Até breve!

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