9. A melhor festa de aniversário

Fez muito sucesso aqui em casa comemorar o aniversário dos filhos com os amigos mais queridos, sem superprodução, sem lembrancinhas e sem aqueles milhões de produtos descartáveis .

Alex e Julieta, meus filhos gêmeos, são experts em aniversários. Se os buffets e os animadores infantis tivessem programas de milhagem, provavelmente eles receberiam um daqueles cartões dourados. Outro dia, conversávamos sobre o assunto quando perguntei qual foi a melhor festa que eles tiveram. Ambos escolheram a mais recente, de sete anos. Está certo que, na memória das crianças, os acontecimentos próximos tendem a ser recordados com mais emoção. Mesmo assim, fiquei agradavelmente surpresa com a resposta. A última comemoração, além de bastante ecológica, foi bem econômica.

Na verdade, aconteceram dois eventos, pois pela primeira vez eles escolheram comemorar separadamente. Alex quis convidar apenas o grupo de meninos da classe para jogar futebol numa quadra alugada perto de casa, um lugar bem simples. Era junho, fazia frio e garoava. Pegamos a garotada na escola de micro-ônibus e lá fomos nós junto com o aparato: bolo, doces, salgados, jogos de tabuleiro (que temos em casa) e várias toalhas para secar os garotos e evitar devolvê-los gripados às famílias. Meninos dessa idade em geral amam jogar futebol e foi só o que fizeram durante três horas e meia seguidas. Reclamaram até de ter que para e cantar parabéns. Assim que se ouviu o “bum” do “rá-tim-bum”, aliás, já estavam todos de volta ao campo.

A festa da Julieta foi em casa e em sociedade com a Ludmila, uma colega da classe que faz anos na mesma semana. Eu e a Cris, mãe dela, nos associamos no planejamento e rachamos as poucas despesas (bolo, brigadeiros, salgadinhos, sucos, refrigerantes, papéis, canetinhas coloridas e tintas). No Dia D, a dupla de mães foi a pé buscar a classe que o micro-ônibus já aguardava na porta da escola. A decoração consistiu em alguns balões e uma sala livre de móveis e tapetes para deixar o espaço livre. As crianças se esbaldaram com correrias no quintal, se divertiram com os brinquedos e jogos do acervo familiar e também com a oficina de arte com sucatas. O grande momento da noite foi a contação de histórias, performada pela Luciana, tia da Ludmila, que é atriz professora de artes. Depois que os convidados foram embora, as crianças nos ajudaram a dar um jeito na bagunça. Uma das fotos do evento mostra, inclusive, as meninas varrendo o chão.

Toda essa simplicidade parece um tanto exótica nos dias de hoje. Mas fez sucesso. Acredito que o fato de os adultos da família terem se empenhado bastante na organização e no relacionamento com a garotada tenha sido importante. E quer saber de uma coisa? A gente também se divertiu.

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