Más notícias vêm dos oceanos. Por enquanto, reduzir o consumo de peixes e escolher bem a espécie que vai para a panela é uma opção. No futuro, talvez não tenhamos essa possibilidade…
Há mais de 20 anos não como carne vermelha. No princípio, por um motivo egoísta: vontade de emagrecer. Era a década de 80, tempos do “new age” em alta. Li em algum lugar que a carne era muito “yang” e o açúcar, muito “yin”. Inventei uma teoria alimentar maluca e decidi cortar os dois ingredientes do cardápio. Passaram-se 48 horas e eu estava desesperada por um docinho. Passaram-se décadas e a carne não fez falta nenhuma. Acho que nunca gostei, que não preciso disso para viver bem. O que é ótimo, pois os pastos representam um problemão ambiental e me aflige a ideia de ter que comer um colega mamífero.
Abre parênteses: acredito que as pessoas são bioquimicamente diferentes e conheço muita gente que adora um bife. Por exemplo, meus filhos. Compreendo, respeito e, muitas vezes, vou ao fogão preparar carne. Fecha parênteses.
No reino das proteínas animais, restaram para mim peixe, frango, ovos e laticínios (não tolero leite in natura). Durante um bom tempo, dei preferência aos peixes. Foi antes de aparecer no supermercado o frango Korin (sem hormônios e antibióticos, única marca que entra em casa).
Só que, há alguns anos, começaram a surgir notícias alarmantes sobre o massacre que os seres humanos estão realizando nos oceanos. Sem falar na contaminação dos cardumes criados em cativeiro (sobretudo o salmão). Então, com muita tristeza, passei a comer peixe apenas de vez em quando.
Essa semana, o biólogo marinho Marcelo Szpilman, do heróico Instituto Ecológico Aqualung (www.institutoaqualung.com.br), divulgou uma lista das espécies comerciais mais ameaçadas e das que ainda podem ser consumidas, de acordo com o IBAMA e a União Internacional para Conservação da Natureza. Reproduzo aqui. Abaixo coloquei links para outras informações sobre o assunto.
Espécies que não podem ser consumidas
Cação-anjo, raia-viola, peixe-serra, surubim, cioba, badejo-tigre e mero.
Espécies que deveriam ser evitadas
Atum, badejo, cherne, corvina, enchova, garoupa, merluza, namorado, pargo, pescadinha-foguete, sardinha-verdadeira, tainha e vermelho. Cações ou tubarões em geral, mas principalmente cação-mangona e tubarão-martelo.
Espécies liberadas
Abrótea, agulha, albacora, batata, baúna, bicuda, bijupirá, bonito, caranha, carapeba, castanha, cavala, cavalinha, cocoroca, congro, congro-rosa, dourado, galo, linguado, manjuba, michole, olhete, olho-de-cão, pampo, peixe-espada, pescada, piranjica, piraúna, robalo, sororoca, tira-vira, trilha, xáreu, xerelete e xixarro.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Sobre a falta de peixes nos oceanos
http://www.akatu.org.br/central/opiniao/2007/a-fonte-ameaca-secar-o-movimento-pela-culinaria-responsavel/
Veja também o filme infantil “Happy Feet”
Sobre o drama do salmão
http://www.oeco.com.br/todos-os-colunistas/50-frederico-brandini/17089-oeco_12130